Bike4tourism
Olá, estamos finalmente em direto, pedimos desculpa por estes minutos de atraso mas tivemos alguns problemas com a internet que já estão resolvidos. Vamos iniciar o Bike4tourism. O meu nome é Ana Leal e vamos estar em direto com excelentes ciclistas de Portugal. Estou a verificar no Facebook se eles já estão aqui. Ok, já vi que também já temos pessoas a assistir. Vocês sabem quem vai estar aqui?
Nós estamos em direto no Facebook e no Youtube. O meu nome é Ana Leal e vamos ter uma entrevista com o Rafael e Samuel Caldeira. Acho que o Samuel também já se pode juntar a nós. Ok, o Marco já está aqui. Bem vocês ainda não estão a ver, eu é que estou a vê-los a todos. Talvez o Samuel se vá juntar a nós nos próximos minutos, espero que ele tenha conseguido ver o email. Porque como tivemos alguns problemas com a internet tivemos que remover e voltar a fazer o email de novo, espero que ele tenha conseguido ver. O Marco
se puderes liga ao Samuel ver e ele verificou o novo link. Ok, então sejam vem vindos ao Bike4tourism, hoje vamos ter uma entrevista em Português com fantásticos ciclistas de Portugal. Vai ser em português a entrevista e em parceria com a Bikesul, uma loja de bicicletas do Algarve. E por esta razão eu vou apresentar a primeira pessoa que se vai juntar a nós, o Ricardo Rodrigues, o gerente da Bikesul. Olá Ricardo. Olá, como estão? Estou bem, depois de todos estes problemas que tivemos agora. Antes de passar para Português, se
está a assistir ao vídeo hoje informo que vamos tentar traduzi-lo durante o fim de semana para termos a versão em Inglês disponível na Segunda-feira. O Samuel está com alguns problemas com a câmera por isso é que ainda não está aqui. Ricardo, antes de convidar o Rafael, o Marco e o Samuel para se juntarem à nossa conversa, agradeço primeiro que tudo pelo seu apoio com a tua loja de bicicletas. Aí tenho de mudar para Português. Ok vou para português agora é que. Bem-vindos a todos, o meu nome é Ana Leal do Bike4tourim, um evento que nós estamos organizar para o dia 30 de Maio. Guardem o dia na agenda para virmos andar todos de bicicleta. Hoje estamos a fazer aqui em parceria com a Bikesul,
a loja no Algarve, este vídeo, este live com ciclistas fantásticos a nível Nacional. Eu penso que alguns de vocês já viram a publicidade. E também com o Marco Fernandes organizador do Algarve Bike Challenge que também nos vai contar aqui grande parte do que tem feito a nível de percurso. Do seu percurso a nível de bicicletas e também do que ele tem feito a nível deste evento que é fantástico. Ricardo tu também tens um grande historial. Aqui um bocadinho antes de convidar o Samuel, eu penso que ele está
ainda aqui com alguns problemas de ligação da internet portanto isto não tem sido fácil esta parte. Mas Ricardo conta-nos um bocadinho, antes de eu convidar o Rafael, o Samuel e o Marco para se juntarem, o teu percurso. Até porque tu também vens aqui do associativismo e a bicicleta tem feito parte da tua vida não é? Sim é, como sabes desde pequenino.
O meu pai sempre esteve ligado também ás 2 rodas e eu fui um bocadinho atrás dessa sua paixão, portanto cresci também nesse meio. A partir ali dos 14/15 anos fiz algumas corridas, ainda andei a competir a nível Regional e Nacional. Depois mais tarde comecei a trabalhar, também obviamente no ramo das bicicletas, criando a Bikesul em 2011. Antes
disse sim, como disseste e muito bem, estive ligado ao associativismo durante muitos anos, Sócio fundador e Presidente da Extremo Sul durante mais de dez anos. Com também muitas provas realizadas e muitos eventos, equipas e tudo o que o associativismo também nos dá. E pronto recentemente... e podes terminar porque é muito interessante o que vais dizer a seguir. Recentemente fui convidado para liderar uma lista na Associação de Ciclismo
do Algarve, a qual aceitei e tenho a agradecer a quem confiou em mim e pronto a agradecer a eles também por se lembrarem de mim. E cá estou eu, fomos eleitos e vamos tomar posse em breve para Associação de Ciclismo do Algarve. Ok. Olha nós ainda estamos aqui a aguardar a chegada de um participante fantástico que está para se juntar a nós mas entretanto eu gostava que tu, vou por aqui já em cena o Marco e o Rafael, e gostava que tu fizesse uma breve apresentação de ambas as pessoas que tu conheces muito bem e que estão também ligadas aqui ao ciclismo e a tua vida. Conta-nos, aqui sobre o Rafael. O Rafael mal chega e já tem uma apresentação. O Rafael já o conheço à largos anos, ele começou na escola
de Ciclismo da Extremo Sul. Portanto é um motivo de muito orgulho tanto para mim como para a própria Associação. Entretanto tornou-se profissional e mais tarde quando eu me dediquei mais aos negócios fiz-lhe o convite para ser ele o presidente do Extremo Sul, o qual ele aceitou e fiquei muito feliz porque é devolver a associação a um espírito jovem e á juventude, não é? Sim. Sendo que a Extremo Sul é uma associação da juventude,
foi com muito orgulho e satisfação que vi ele aceitar este desafio e está à frente já penso que há 2 anos não é Rafael? Já passa um bocadinho. Pois há 2 anos, a caminho dos 3, e fico feliz. Foi em Outubro mais ou menos. Pois há 2 anos e alguns meses. Pronto e o Rafael é profissional de ciclismo já de alguns anos para cá e este ano vai representar novamente as cores de uma equipa do Algarve e está de parabéns pelo seu percurso. O
Marco Fernandes já o conheço também à alguns anos, se calhar não sei ao certo, mas já bem mais de 10. Conheci-o no mundo as bicicletas, participou algumas vezes nas maratonas organizadas por nós, pela Extremo Sul. Ainda recebeu um convite para vir correr connosco. E pronto e depois mais tarde não veio correr connosco mas veio trabalhar comigo o qual fiquei muito satisfeito e é um companheiro extraordinário. Também é um ex ciclista, está ligado ás duas rodas desde sempre também através da sua família. O seu pai foi corredor e ainda correu voltas a Portugal e penso que uma volta à Espanha, não foi Marco? Foi. Não sei se estão a
ouvir. Estamos a ouvir bem. Ok. Foram 3 voltas a Portugal e 1 volta à Espanha com 21 anos depois abandonou, após 25 de Abril abandonou, eram tempos difíceis mas pronto ainda fez umas coisas interessantes. Tu também podias ter lá chegado. Também deixei a estrada com 21 anos é verdade. Também saíste de uma forma precária. Mas não cheguei a fazer profissional. E é o organizador do Algarve Bike Challenge exatamente. Nós vamos falar sobre isso. E agora temos o Samuel connosco que também já se conseguiu juntar. Já conseguimos
resolver os problemas técnicos não é Samuel? É verdade, estava difícil mas já está resolvido. Já estamos cá todos. Tudo a convite do Ricardo e do Marco, portanto primeiro que tudo agradecer aqui à Bikesul, á colaboração do Ricardo e do Marco. E eu se calhar vou começar as entrevistas pelo Rafael que ele está neste momento à frente da Extremo Sul, uma associação juvenil, e porque vocês também de certeza e depois podem dar o vosso testemunho sobre isto todos começam a pedalar de pequeninos. Eu pelos vistos acho que sou aqui a única exceção, aprendi em pequenina mas só comecei mais cedo. Rafael qual é a importância de uma associação juvenil para o desenvolvimento, para o gosto pelas bicicletas e para o desenvolvimento enquanto pessoa? Eu tenho estado a ouvir um bocadinho mal, não consegui perceber muito bem pergunta. É que de dois em dois minutos oiço bem e depois volto a ouvir mal. Neste momento acho que estou a ouvir bem, se puder repetir a
pergunta. Eu estava a perguntar qual a importância de uma associação juvenil para o crescimento, para já para se ganhar no gosto pela bicicleta não é, e depois para todo o desenvolvimento e percurso na vida de uma de uma pessoa. Eu acho que é crucial, porque é aqui na associação que começa o desenvolvimento das crianças não é. É aqui que aprendem as bases, quer queiram apenas divertir-se e ter um entretenimento saudável em vez de ser o excesso dos jogos no computador. Aqui têm um entretenimento saudável que é o desporto, é o ciclismo
e podem seguir um estilo de vida saudável ou as base para serem ciclistas profissionais. Portanto acho que é de extrema importância os Clubes e as Associações porque criam as bases que podem direcionar as crianças e os jovens para meios que quiserem seguir, profissional, desporto, lazer. Portanto acho que é extremamente importante os Clubes e as Associações. Samuel também começaste em pequenino andar de bicicleta? É verdade. Conta-nos a tua história. Eu comecei com aproximadamente 14/15 anos num clube que havia
na minha localidade. Inicialmente comecei com uma modalidade que servirá de hobbie para os meus tempos livres, ao qual fui ganhando bastante gosto e ambição em poder fazer vidar deste tipo de desporto. E foste logo ganhando provas quando começaste a participar? Como é que foi a tua primeira prova? Lembras-te? Lembro-me que a primeira prova na altura foi uma prova de abertura em Vila do Conde em que existiam 180 ciclistas aproximadamente. A qual eu acabei por não terminar porque a bicicleta teve uma avaria mecânica já nos últimos quilómetros. E lembro-me de terminar essa e essa prova de bicicleta ás costas. Porque foi mesmo nos últimos quilómetros que partiu-se o desviador e tive que terminar essa etapa com a bicicleta ás costas. Bom mas conseguiste terminar e isso por si já
é uma primeira prova em que se leva a bicicleta as costas, isso é memorável não é? E na altura ficaste em que lugar lembras-te? Deves te lembrar de certeza. Sinceramente não me lembro porque realmente o lugar era insignificante e ali o principal objetivo era mesmo participar e poder estar a fazer aquilo que gostava. E nessa fase inicial não havia esse espírito competitivo e depois foi crescendo conforme o desenvolvimento e o empo que ia dedicando a essa modalidade. E tu Rafael lembras-te da tua primeira prova de ciclismo? Com que idade é que foi? Possivelmente foi de mountain bike presumo. Exatamente, por acaso recordo-me
muito bem. O meu primeiro evento mais a sério foi precisamente a NIBA, lembro-me muito bem, que foi provavelmente o maior evento da Extremo Sul. O Ricardo enquanto presidente, foi com a direção dele que começaram este evento. E lembro-me muito bem nos anos no auge da NIBA em que eram cerca de mil participantes a partida eu com 12 anos mais ou menos ainda não estava na Extremo Sul fiz a minha primeira maratona. Recordo-me de furar, nunca tinha
mudado uma câmara de ar. Lembro-me de ser o Paulo, que é um dos empregados da Bike Sul, que me ajudou a mudar a câmera de ar. E segui viagem nos 25 Km e acabei todo contente. E pronto foi essa a minha primeira experiência com uma competição bocadinho mais a sério, não foi mesma uma competição mas foi a primeira vez que meti um dorsal. E tu Marco? Já agora tu também andas de bicicleta há muitos anos. Possivelmente foi mountain bike
digo eu não sei, a tua primeira prova se te lembras. Não foi ciclismo de estrada. Eu comecei no ciclismo de estrada com pouco talvez como o Samuel Caldeira. Fiz o percurso todo até aos 21 anos que foi quando deixei o ciclismo estrada e na altura a bicicleta de BTT era só mesmo no Inverno para fazer uns passeios ou uns treinos complementares. Uma pré-época, nós chamamos a pré-época, antes da competição de estrada e dávamos umas voltas de BTT. E a bicicleta nem sequer era, comprada com o que havia na altura, não
era uma bicicleta de topo por aí além. Mas eu comecei na estrada em Cadetes, aliás a minha primeira corrida eu ainda nem competia, eu era juvenil e no tradicional, para quem está ligado ao ciclismo e conhece certamente o festival de 5 Outubro na pista de Tavira que é uma prova já clássica. E nesse ano era juvenil, ou seja, tinha 13 anos e fui lá à pista e convidaram-me para participar na prova e puseram-me a correr com os Cadetes. E eu nem se quer treinava, nem sequer competia na altura. E então furei na segunda volta, foi engraçado nunca mais me esqueci, e depois quando fui, trocaram-me a roda e quando fui para arrancar, não tinha experiência, e em vez de arrancar mais de trás da partida para embalar e apanhar o grupo, não quis abalar logo ali e quando arranquei já eles tinham passado. Fiz as 25 aulas a perseguir o plutão e acabei por ficar em último obviamente.
E depois no ano a seguir é que comecei a competir, na altura do Clube Ciclismo de Estói com o mestre Paulista, que é o pai do Sérgio Rodrigues. Também foi um grande ciclista e foram anos realmente muito bons, que ajudou-me a crescer como pessoa e como ciclista e inicialmente não foi fácil. Isto do mundo do ciclismo é muito especifico e muito técnico e é difícil chegar e começar logo a ter bons resultados e perceber logo a dinâmica do ciclismo. É preciso tempo, mas depois que entramos realmente neste mundo, é um mundo apaixonante e é um mundo viciante. E foram realmente anos muito bons. E depois o BTT
já começou mais tarde. Já tinha 25 anos quando comecei a fazer BTT a sério. Oh Marco e então o que é que te fez mudar de participante para organizador? É assim isso depois veio mais tarde. Eu comecei depois, para contextualizar, eu deixei o ciclismo de estrada em 2005, na altura foi uma decisão própria para continuar com os estudos e deixei o ciclismo de estrada.
Depois estive 3 anos sem pegar numa bicicleta por assim dizer e depois mais tarde desafiaram-me para fazer BTT e eu aceitei porque já há muito tempo que não fazia, não treinava, não fazia competição e sentia saudades desse mundo. E aceitei ir para o BTT sem saber para onde é que é ia mas foi também uma experiência fantástica porque o BTT é totalmente diferente da estrada embora sendo ciclismo também. E comecei a competir BTT em 2008. E em 2011, na altura criou-se a Associação Clube BTT Conceição de Faro e logo inicialmente não integrei a Associação que era da minha terra de onde eu moro. Mas todos os fundadores e os associados eram meus amigos e familiares alguns e ao fim de pouco tempo comecei a colaborar com eles porque eles também tinham uma mentalidade mais de lazer. E desafiei-os nesse ano logo a organizarmos um evento. Na altura organizámos depois um evento entre Cachopo e Faro e foi um evento muito interessante que fizemos e que deu logo muita dor de cabeça porque tivemos que arranjar autocarros e camiões para levar as bicicletas de Faro para Cachopo e depois vieram a pedalar desde Cachopo até Faro. Foi logo um evento com alguma logística e
alguma dificuldade. Alguns contratempos? Não é contratempos. Mas exigia ali algumas dinâmicas e correu bem, quem participou gostou e depois a partir daí começou a surgir a vontade de organizar. E começou a nascer aqui o sangue do Algarve Bike Challenge logo em 2011. Em 2012 não consegui convencer a massa associativa do clube a organizar porque era um evento de 3 dias. Não é fácil porque isto é uma Associação em que ninguém vive da associação
ou seja isto é tudo um hobbie para todos e depende muito do tempo livre e da boa vontade de todos obviamente. Então tem que se convencer, entre aspas, os associados a embarcar nestas loucuras, entre aspas, nestas aventuras destes eventos. E depois no ano a seguir organizámos logo uma taça do Algarve de maratonas já com 500 participantes, portanto logo já um evento com alguma dimensão. E organizámos também um outro evento mais pequeno. No ano a seguir consegui convencê-los a avançar com o Algarve Bike Challenge em 2013. Na altura
com 180 participantes e foi uma experiência também, uma aventura. Porque começámos em Tavira, foi o único ano que começámos em Tavira e acabámos em Faro, a passando por Cachopo pelo meio. E depois a partir daí pronto começou a crescer e começou-se a organizar mais eventos e tem sido realmente anos muito interessantes. Eu tinha estas perguntas
na calha para o Marco ele já avançou aqui muitas delas que é importante. Mas agora e virar um bocadinho para o Samuel e para o Rafael. A gente volta a ti Marco não te preocupes. Ok, á vontade. Para o Samuel e para o Rafael a pergunta que eu faço agora é: Qual foi o momento da vossa a vida em que o ciclismo se tornou, passou a ser equacionado, passou a ser a possibilidade de ser a vossa profissão? E pode começar sei lá, o Samuel primeiro talvez. Para mim foi na altura em que eu era sub23 de segundo ano. Na altura corria em Loulé e tive o convite pela parte do Clube de Ciclismo de Tavira em integrar a equipa como profissional. E aí sim depois ofereciam-me um contrato profissional o qual eu tinha todas as regalias como profissional. E depois comecei a ver que poderia ter uma
carreira profissional, e depois foi tudo seguindo e aconteceu naturalmente. Tinhas tu 23 anos na altura? Na altura tinha talvez menos, tinha 21. O Rafael, curioso que começaste pelo Clube de Tavira, certo? Exatamente sim. Mas eu foi um percurso um bocado, inicialmente...
Não sei estão a ouvir? Estamos sim, força Rafael. Sim eu comecei o ciclismo de estrada depois da Extremo Sul no Tavira, nos juniores. E no meu primeiro ano de sub23 foi o ano que bati-me na estrada quando o Sporting voltou. E aí o Vidal Fitas fez-me uma proposta para fazer o primeiro contrato profissional, no meu primeiro ano de sub23 logo, com 18 anos. No entanto tive muito poucas corridas, eles usam muito poucas corridas. E eu aí percebi logo que preciso haver uma grande dedicação para ser profissional. E no ano a seguir passei
para a Liberty Seguros onde tive 4 anos e tive que me dedicar a sério para ter as minhas oportunidades, e aí evolui muito como ciclista. E agora surgiu até a oportunidade de voltar para o Tavira com melhores condições e muito maior ambição e mais responsabilidade também. E pronto foi assim o percurso até agora. Eu vou só dar aqui um parênteses ás pessoas que nos estão a ver no Facebook ou no YouTube partilhem o nosso live para que mais pessoas conheçam e tenham a oportunidade de falar aqui. E fazer perguntas não é, a estes grandes ciclistas de Portugal que é o Samuel, o Rafael e também aqui é o Marco que agora não corre mas faz parte da organização é o grande organizador do Algarve Bike Challenge. Estejam
à vontade para nos fazer perguntas. Nós vamos tentar seguir e também poder por estas perguntas ao Rafael e ao Samuel. Partilhem para que mais pessoas possam assistir connosco. Eu agora ia perguntar-vos, qual foi o momento de grande triunfo onde vocês sentiram pela primeira vez valeu a pena todo este esforço e toda esta dedicação? De certeza que há um um prêmio ou a primeira vez em que isto é realmente gratificante e transcendente para vocês e percebem a dimensão que isto tem. O Samuel e Rafael. Eu acho que o momento mais importante para mim em termos de ciclista profissional certamente que foi quando fui representar à seleção dos campeonatos do mundo na Austrália. Nisto já eu tinha 4/5 anos de ciclista profissional. Mas esse posso dizer que foi o meu primeiro momento que foi mais importante para mim como ciclista quando eu fui representar a seleção aos campeonato do mundo na Austrália. Uau, outra dimensão não é? Aí quando se entra
aí numa dimensão de representação de um país a nível Mundial é realmente fantástico. Sim porque acabamos por estar junto de todos aqueles ciclistas que muitos deles são nossos ídolos, muitos deles são referências a nível mundial e nós ao fim ao cabo, eu, estava me a ver ali no meio deles. Isso para mim foi um marco importante na minha carreira como ciclista. E tu Rafael qual foi o momento em que tu sentiste também que estavas a vibrar com o primeiro grande momento como ciclista? Em que te sentiste fantástico? Eu acho que qualquer corrida internacional dá-nos uma grande motivação para melhorarmos muito e para fazermos parte dos melhores. Mas o grande momento que me fez acreditar que podia
ser um bom ciclista profissional foi quando ganhei a minha primeira corrida como profissional uma etapa do prémio jornal de notícias há cerca de 3 anos se não me engano. E aí acreditei que, vi que era possível, ganhar com os profissionais e que tinha que fazer mais vezes. E este acho que foi o primeiro momento que comecei a ganhar muita motivação. Olha para quem não conhece,
eu por exemplo, ciclismo de estrada é uma coisa que me passa bastante ao lado. Não me passa mais ao lado porque entretanto quando começamos a entrar no mundo das bicicletas começamos a perceber e a seguir um pouco até do campeonato do mundo e pronto vocês também vão fazendo trabalhos brilhantes e vamos acompanhando. Volta ao Algarve, volta a Portugal. Agora também mais recentemente o giro a Itália com o João Almeida que fez,
oh pá foi brilhante. Mas nós eu acho que o português em comum ou o senso comum das pessoas nós não compreendemos como é que são as vossas rotinas. Como é que vocês e gostava que vocês abraçassem isso. Eu ontem acho que falava com o Rafael e percebemos que por exemplo em Portugal fazer mountain bike, podermos estar, não existe neste momento equipas de mountain bike em Portugal. Existem algumas pessoas de mountain bike que correm por equipas estrangeiras. Porque é que vocês sentem que o ciclismo de estrada ganha aqui um peso relevante em relação ao mountain bike? E porquê que vocês enveredam aqui pelo ciclismo de estrada? Por exemplo, o Rafael sei que mudou. O Samuel não, o Samuel sempre
teve aqui no ciclismo de estrada, certo? Exatamente. Porque é que há esta diferença entre mountain bike e ciclismo de estrada? Para quem não está dentro nós não percebemos. Quem é que quer aprofundar o tema? É uma pergunta difícil ou não? Depende do tipo de resposta. Ela é inocente, a pergunta é inocente. Eu vou dar a resposta a nível de
atleta e vou responder como atleta. Eu enverguei pelo ciclismo de estrada pela falta de, na altura dentro da localidade onde eu vivia, de não haver ciclismo de mountain bike. A nível profissional eu acho que também os atletas envergam para o ciclismo de estrada pela falta de profissionalismo do mountain bike. A falta de profissionalismo do mountain
bike isso eu penso que tudo tem a ver com a falta de apoios. Pois acaba por ser, acaba por dar esse handicap de haver esse profissionalismo de ciclismo de estrada. É o melhor percurso foi direcionado para o ciclismo de estrada digamos que por essa razão. É assim o ciclismo de estrada também tem uma projeção muito maior nos mídia e obviamente que é isso que faz depois a grande diferença a nível financeiro. Patrocínios então. Exatamente, para manter uma equipa e para os atletas se manterem, treinarem, porque as carreiras também são curtas, quer dizer, tem um curto espaço de tempo para fazer a sua vida não é. Para angariar vida pela sua vida futura e pronto e têm ganhar um pouco mais e se as equipas não tiverem esta exposição mediática não existe patrocínios não é. Não existe verba
para manter este sonho possível não é. Pelo menos esta é assim a análise se calhar mais. Marco o que é que consegues acrescentar? Mais alguma coisa? Sim sem dúvida. Eu que comecei na estrada e depois passei para o BTT. Quando comecei para o BTT já foi uma altura que já não foi a pensar fazer propriamente carreira, mas ainda me dediquei quase a 100% na altura. Mas sem dúvida que tem a ver com a parte que no BTT não há uma carreira profissional ou quem, os poucos, que há acaba por se ir para o estrangeiro porque que é a única hipótese de terem uma carreira profissional. Passa muito por aí porque por mais que nós
tenhamos um evento de BTT muito organizado nunca se poderá equiparar a uma volta a Portugal isto para dar o exemplo. E como tal não havendo esta poder nos mídia não há depois o investimento por parte das empresas de forma a criar projetos como acontece na estrada e temos grandes ciclistas até propriamente no Algarve. Dou o exemplo do BTT Loulé que teve atletas de grande nível que participaram em campeonatos do mundo e atletas com grande potencial em Juniores e chegam agora ao sub23 e no BTT infelizmente não há uma carreira porque não há projetos que lhe deem condições. Em primeiro lugar condições que lhe permitam dedicar a 100% a esta modalidade porque é uma modalidade que exige muito treino e muita dedicação.
E não havendo estes projetos têm que se dedicar aos estudos e ao trabalho e acaba por abandonar. Ou então a hipótese é alguns que já tem acontecido depois de passarem e virarem para a estrada e aí tentarem seguir por uma carreira profissional. Infelizmente cá em Portugal não há projetos BTT profissional e os atletas que realmente têm a maior potencial conseguem ir para estrangeiro. Começam a ver agora, conforme o Tiago Ferreira tem sido campeão do mundo, é campeão da Europa neste momento. O que ajudou a abrir portas a outros atletas. Já temos senão estou em erro 3 atletas na equipa do Tiago, por exemplo. Mas
pronto ainda é um percurso difícil até porque Portugal está aqui na ponta da Europa digamos assim e as oportunidades correr lá fora e de se evidenciarem são sempre melhores em relação a outros países e sempre um percurso que é mais demorado. Começa a haver alguns atletas e começasse a ver um nível de BTT também a subir. Na estrada já temos cada vez mais atletas. Mesmo o Clube de Portugal tem cada vez mais qualidade e mais atletas começam a entrar para as chamadas equipas Worldtour. Estamos a falar aqui na Liga dos Campeões do ciclismo e realmente tem havido essa evolução. E tanto o Plutão Nacional
tem crescido, e aí o Samuel e o Rafael podem falar melhor que eu. E os atletas estão lá para fora, já corremos com o João Almeida, foi um bom exemplo que se falou, que já está ao nível dos melhores do mundo por assim dizer. Mas no BTT infelizmente é um caminho que ainda vai demorar e eu espero que um dia podemos a ter projetos mais ambiciosos sem dúvida. Rafael a ti aconteceu isto não é? Tu vinhas do BTT e passaste para a estrada antes de começares a ser profissional certo? Exatamente, pronto foi o que eu optei na altura. Sabia que ser profissinal do BTT era impossível, não havia nem existe nenhuma equipa profissional do BTT. Portanto surgiu a oportunidade de ser profissional no Sporting Tavira na altura e aceitei porque era algo que eu queria. Sinceramente, no meu caso, se houvesse uma equipa de BTT
profissional na altura eu teria optado porque eu sempre gostei muito do XTO em particular, mas era impossível. Se tivesse que escolher optaria por praticar XTO profissional. É interessante perceber isso mas depois as opções vão se limitando. Diga-me uma coisa o que é que vocês consideram que é mais importante na vossa performance? A preparação física ou a preparação psicológica, se podemos por em duas balanças diferentes? O Samuel aqui terá mais experiência que eu certamente. Eu na minha opinião como ciclista profissional ainda acho que são as duas muito importantes. Eu acho que das poucas vitórias
que tive até hoje posso dizer que não era o atleta mais forte para a partida. Por isso é a prova que o psicológico é secalhar mais importante que o físico, na minha na minha opinião pelo menos até agora isso que eu sinto. Samuel? Na minha opinião uma acaba por complementar a outra porque a parte psicológica é aquela que nos leva a treinar o dia a dia e superarmo-nos a nós próprios. E a nível de competição muitas vezes o
querer leva-nos mais além do que a forma física mas também treinar se a forma física não tiver lá no ponto o psicológico não é suficiente. Mas é como eu digo, uma complementa-se com a outra. Olha vocês viram a vossa vida... Queres Ricardo? Sim ia dizer isto é uma modalidade que são mais as vezes que se perde do que as que se ganha não é. E quer dizer todo o treino que é necessário e andar ali horas e horas a fio todos os dias a treinar perdendo tantas vezes, que são mais do que as que se ganha como eu estava a dizer. Como é que
vocês acabam por conseguir arranjar motivação para dar a volta por cima não é? É preciso arranjar aqui alguma dinâmica, algumas novas ideias penso eu. Isso é verdade, estás a dizer uma coisa que é bastante verdade. Que são mais as uma vezes que nós podemos do que as que ganhamos. Mas este desporto, como muitos outros, nós
temos uma capacidade de adaptação muito rápida perante a derrota. E no dia quando estamos derrotados já estamos a pensar no próximo objetivo e focarmo-nos ao máximo para conseguir fazer mais e melhor. E eu penso que todo o mecanismo do atleta é focado nesse sentido de tentar fazer sempre melhor e se um dia ou hoje perdemos já vamos a pensar no próximo objetivo para enfrentá-lo. E acho que é um pouco essa mentalidade que
existe num atleta, seja ele ciclista, seja ele motociclista, um atleta acaba por ser assim. Hoje perdes mas tens de ter uma capacidade de superação, em que tens de começar a pensar rapidamente no próximo objetivo para poderes tentar vencer. Rafael queres queres acrescentar alguma coisa? Acho que sim que é verdade tudo que eles disseram. Eu acho que no ciclismo vive-se secalhar as coisas de uma forma muito intensa. Acho que celebra-se
de forma muito mais intensa uma vitória no ciclismo do que no futebol, por exemplo. Nós estamos sempre a comprar o ciclismo ao futebol. Mas pelo menos é isso que eu sinto, quando se ganha uma vez secalhar o atleta nas 20 corridas a seguir vai estar com vontade e de repetir a vitória. No futebol banalização um pouco a vitória acho, que também é diferente ou se ganha ou se perde. Aqui às vezes não ganhar pelo menos no meu ponto de vista nem sempre é uma derrota. Não se ganhou mas nem sempre uma derrota porque há dias positivos em que não ganhamos, o melhor é sempre ganhar como é obvio. E é sempre um bocadinho por
ai que vamos buscar a motivação, acho eu, ás poucas vitórias que vamos tendo. Vocês seguramente estabelecem sempre objetivos por época não é? Presumo que sim, que tenham objetivos por época pessoais e objetivos da equipa certo? Claro. Sim a nível de equipa como é que funciona? Isto é uma pura curiosidade de alguém que não sabe como é que funcionam as equipas de ciclismo, em como é que é. A equipa é extremamente importante mas até ia dar aqui a palavra ao Samuel. Se calhar porque a equipa do Porto tem feito um excelente trabalho coletivo principalmente na volta a Portugal e acho que ele também estando dentro da equipa poderá dar uma opinião melhor que a minha neste caso. Isto em termos de, eu acho que funciona no Porto e em qualquer outro equipa que seja ganhadora, é bastante importante o trabalho de equipa e é bastante importante conseguir incutir em todos os atletas o objetivo ao qual a equipa que se prepõem. E que todos consigam estar focados no que
é o objetivo de equipa e não no objetivo pessoal de cada um. Porque se não vamos estar preocupados com o objetivo pessoal de cada um e no final, o resultado final acaba por ser um pouco aquém daquele do que a equipa pretende. Porque é impossível que todos consigam tirar um bocadinho para eles e no final podermos levar o objetivo principal. Neste caso eu estou a falar de um objetivo que é vencer a volta a Portugal, e é impossível poder vencer uma volta a Portugal ou tão constantemente como a equipa do Porto fez nestes últimos anos, sem um trabalho de equipa constante e um bloco em que todos trabalham no mesmo sentido. E muitas vezes abdicando de objetivos pessoais e trabalhando focadamente para o objetivo da equipa que é vencer a volta a Portugal. Essa é a sensação de
que me dá pelo menos de quando assisto não é. Que efetivamente há ali um momento em que a equipa e o trabalho em equipa é mais importante, mais forte do que os objetivos pessoais quando estão numa volta. Pelo menos é essa a sensação que tinha e vocês confirmaram agora o que é importante perceber. Olha vocês viram de certeza, falando agora na pandemia
não é que estamos praticamente á um ano em pandemia. Vocês viram muitos objetivos a caírem por terra, muitas provas canceladas, como é que foi treinar este último ano? Deve ter sido completamente diferente de tudo o que vocês fizeram até agora ou não? Não sentiram alterações nas vossas rotinas? Sente-se sempre, acaba por se sentir. Acabamos por sentir a falta de competição que é aquilo que nos leva também a dar muitas vezes motivação para treinar. Mas nós acabamos
por ser profissionais e temos que estar focados em mantermo-nos o melhor possível. E neste caso atual que estamos a viver agora é, inicialmente tinhamos a possibilidade de qualquer português começar em Fevereiro com a volta ao Algarve. Mas depois tivemos um adiamento do inicio da temporada. Mas agora, atualmente, está agendado para o início de Abril e é nessas datas que nós ganhamos um foco em treinar e prepara-nos para quando comece a época consigamos estar dentro no nosso melhor momento de forma. Tal como aconteceu o ano passado na altura em que começamos a competir no Grande Prémio Joaquim Agostinho e posteriormente logo a volta a Portugal. Tivemos imenso tempo sem competir mas quando começámos a competir tinhamos essa responsabilidade de poder aparecer no nosso melhor momento de forma. Rafael ias
acrescentar também? Na minha opinião eu acho que os atletas jovens têm stressado um bocadinho mais, digamos assim, com a pandemia. Pelo menos com os meus colegas, na Kelly que era onde eu estava, uma equipa mais jovem, fiquei com a sensação que os atletas a rondar os 20 anos estão sempre desejando a próxima competição. Se a corrida for só em Agosto parece que estamos em forma já desde Fevereiro a Agosto quase. E acho que os atletas mais experientes viveram essa fase com mais tranquilidade. Recordo-me do meu colega Henrique Casemiro que acalmava-nos um pouco nessa aspecto, tranquilizava-nos e ajudáva-nos a apontar a preparação da melhor forma. Porque também não é benéfico estarmos na melhor forma 4 meses de seguida
quando a corrida vai acontecer só daqui a 5 meses. E acho que os atletas mais experientes, parece-me a mim, que souberam lidar melhor com estas alterações de calendário que aconteceram muitos vezes. E gerir melhor esta parte toda. Olha a gente agora vai se virar aqui um bocadinho para o Marco que é para ele não se deixar dormir. Marco nós estamos aqui nesta primeira edição do Bike4tourism e aproveito para quem nos está a ver porque é que acontece este live e explicar um pouco do Bike4tourism. Na verdade este foi um evento que nasce de empresas de turismo que também há 1 ano que estão a passar sérias dificuldades e o grande objetivo é por o máximo de pessoas no mundo a andar de bicicleta no dia 30 de Maio. Para se poder fazer uma viagem virtual através da partilha de fotografias que cada um pode fazer no lugar que vai andar de bicicleta e que pode depois partilhar connosco. E dessa
forma acreditamos que vamos promover no fundo esta viagem virtual pelo mundo inteiro se conseguimos ter o máximo de participantes pelo pelo mundo inteiro. É com base nisto e tem outras, tem causas ambientais pelo meio também e tem também a promoção de um turismo responsável e sustentável. E para isso convido-vos a entrar no nosso grupo do Facebook onde os debates estão a começar a acontecer. Mas queria perguntar ao Marco porque isto é a
primeira vez que nós organizamos aqui o Bike4tourism e o primeiro ano que tentaste organizar o Algarve Bike Challenge não aconteceu. Aconteceu que só conseguiste convencer no fundo a Associação a aceitar essa tua ideia no ano seguinte. Como é que foi a primeira organização do Algarve Bike Challenge, poque de certeza que foi, neste momento já vais para que edição? 17? Este ano 2021 seria a 9ª Edição. Portanto 2022 vai ser a 9ª Edição assim esperamos. Será o 9º ano a próxima edição, já temos 8 anos de Algarve Bike Challenge. Em 2013
foi a primeira edição, uma aventura, e obviamente no primeiro ano nunca imaginaríamos que o evento viesse a crescer da forma que cresceu. Em Portugal e acima de tudo em Espanha, sem dúvida que a Espanha foi a grande surpresa para mim. A forma como cresceu em todo o território espanhol. E contar como em 2020, o ano passado, foi um dos últimos eventos a ser realizado com 1120 participantes. Sem dúvida que é um número fantástico. A primeira edição tivemos 180. Sim, sem dúvida que o 1º ano foi uma aventura, uma aventura para todos.
Foi uma experiência, não havia muitos eventos do género, por etapas e foi muito inovador na altura. E obviamente depois com os anos viemos a corrigir, viemos a alterar, viemos até inclusive a fazer algumas experiências, entre aspas, ajusta algumas pequenas coisas para ver qual é a reação dos participantes. Mas o fantástico é haver participantes que voltam 4, 5, 6, 7 e até 8 vezes. Tivemos alguns participantes que participaram nas 8 edições. Mas ter participantes que repetem é muito gratificante, para nós significa
imenso. Para nós que organizamos, não somos uma empresa de organização portanto esta não é a nossa vida, simplesmente nos unimos e vamos trabalhando no tempo livre para construir o evento. E sem dúvida que para todos os que colaboram com o evento é muito gratificante ver depois o resultado final. Já passámos por momentos difíceis, muitos deles influenciados porque o evento realiza-se numa altura, o ano passado foi em Fevereiro, habitualmente era sempre em Março e o tempo no Algarve é bom mas às vezes também chove felizmente. E que curiosamente já temos apanhado anos, vou relembrar o ano a 2018 que tivemos aquele tornado que passou no Algarve e que causou muitos estragos. Foi mesmo no domingo após o evento terminar, ainda o evento estava na entrega de prémios, que o tornado passou bem próximo dali e em muitos locais causou muitos estragos. Foram realmente muitos fins
de semana em que em cima do joelho é preciso fazer alterações, é preciso improvisar e quando tens quase 1000 participantes do evento é um risco enorme obviamete. E no final conseguirmos ultrapassar estes obstáculos que nós não controlamos, se dúvida que também é preciso ter alguma pontinha de sorte e felizmente temos tido e tem corrido bem. Esperamos voltar para o ano com uma edição tão boa ou melhor que 2020 e que cima tudo consigamos mobilizar participantes oriundos de vários pontos do mundo a Tavira, ao Algarve neste caso, para participar em mais um Algarve Bike Challenge. É um evento muito interessante, mistura tanto atletas de elite, e já estiveram campeões do Mundo presentes no evento, como aquele participante que começou a andar o ano passado ou há dois anos e que quer fazer uma aventura realmente exigente e preparam-se dentro dos seus conhecimentos e disponibilidade. E para eles o objetivo é terminar. Portanto temos participantes que chegam ao fim de 3:30/ 4:00 horas numa etapa e temos outros chegam ao fim de 10 horas. Mas todos fazem parte
do espetáculo e é isto que faz o espírito dos eventos. Ao contrário da estrada em que o ciclismo de estrada é diferente e temos que perceber que tem uma dinâmica diferente. Aqui o Algarve Bike Challenge acabo por ser mais inclusive, e é mais entre aspas a festa. E então é obviamente que nós gostamos de acompanhar os eventos profissionais. Inspiramos-se
nos grandes campeões e depois no Algarve Bike Challenge tanto vemos outros grandes campeões a brilhar lá à frente e depois temo aqueles praticantes de quase fim de semana que o desejo deles é concluir também o evento e ser um finisher. É um evento que é mais participante do tu propriamente para o espetáculo de quem está a ver. Sim. Marco e agora falando aqui um bocado, tu que és para além do organizador do Algarve Bike Challenge tens aproveitado também para viajar um pouco pelo mundo e participar noutras provas também para tirar algumas ideias, e inovar um pouco no prova de organizas. O que é que tu achas que temos no Algarve Bike Challenge que se evidencia e que diferencia, esta tua, nossa prova, de outras que tens participado e noutros países? Sim eu tenho sempre a vontade de participar noutros eventos. Obviamente agora a preparação e o objetivo quando participo lá é cada vez mais de usufruir e e desfrutar do propriamente ir lá com a ideia de resultados. Mas obviamente que é muito importante quando participar ir com a visão de organizador e participante.
Porquê? Para sentirmos na pele aquilo que nós queremos como participante para depois passar como organizador para tentar dar ao participante também. Isso é muito importante e foi interessante participar em eventos como o Brasil Ride, como os Himalaias. Mas depois também eventos em Espanha porque as culturas são diferentes, as pessoas são diferentes, os participantes são diferentes e acabamos por tentar reter um pouco de cada E realmente o Algarve, já temos tido participantes, não tivemos dos cinco cantos do mundo porque ainda não tivemos nenhum australiano, mas já tivemos dos outros continentes. E eles o que mais nos falam para já pronto as paisagens, o Algarve realmente tem uma beleza e uma uma diversidade fantástica numa região tão pequena, tem uma diversidade incrível. E nós tanto estamos ali em Tavira a ver a ilha de Tavira e a ver o mar com 20º/ 25 grausº em Fevereiro ou Março como ao fim de 2/3 Km estamos dentro da serra em locais que parece que estamos no interior a centenas de Km da Costa e da cidade, digamos que confusão entre aspas. Temos a vantagem que realmente olhamos e não vemos uma casa, não vemos nada e é pura natureza. E esta diversidade tão grande numa área tão pequena que fascina os participantes.
O clima obviamente, sem dúvida, depois também obviamente que é a nossa boa forma de receber Portuguesa que tão afamada é lá fora. E por isso é que região do Algarve também não é só sol e praia mas é também o bom receber de nós Portugueses que realmente temos essa habilidade. E depois é um conjunto de fatores que se conjugam muito bem. A própria cidade em Tavira, quem conhece a cidade de Tavira neste caso, porque só tivemos a oportunidade, entre aspas, de realizar o Algarve Bike Challenge praticamente em Tavira. Terminámos o primeiro
ano em Faro, fechou o primeiro ano, e não deu realmente para tirar o grande proveito também da cidade de Faro infelizmente, portanto estamos focados em Tavira. E Tavira é uma cidade que tem uma história incrível, tem um misto próprio de cultura e a própria beleza da cidade, é uma cidade que realmente tem alma. E respira ciclismo, a mais antiga equipa de ciclismo do mundo é de Tavira. Portanto a própria população recebe de
braços abertos e envolve-se com o evento. E é todos esses pequenos fatores que no final fazem o bolo tão saboroso e tão bem aparente, sem dúvida que sim. Olha nós esperamos que nesta edição consigamos ter, nesta edição agora do Bike4tourism que no fundo é a primeira edição bastante ambiciosa, ter participantes da Austrália e que depois venham ao Bike Challenge. Porque o objetivo obviamente é também podermos mais tarde que estas pessoas todas que se vão envolver ativamente no Bike4tourism que venham visitar Portugal. Sim, sem dúvida. Deixa-me dizer-te que é uma das coisas, e obviamente vai ser uma edição pioneira e diferente, em que ver os participantes de outros lugares totalmente distintos do mundo e mostrarem as suas paisagens. Eu por acaso, falo por mim, quando vejo muitas atividades
de outros praticantes e de outros locais e ás vezes partilham fotos de locais que eu nunca vi ou que não conheço e fico, entre aspas, invejoso. É pá eu gostava de fazer aquele trilho, aquela zona ali é espetacular, eu gostava de ir ali pedalar. E sem dúvida que é uma das curiosidades deste evento é depois ir ver as fotos dos outros participantes e imaginar onde é que eles pedalam também. Sem dúvida que esta vai ser uma das grandes
valências deste evento. É, um evento saído de uma pandemia não é. Que eu acho que a piada é essa, mas que eu acho que tem muito para dar. Gostava de perguntar ao Samuel e ao Rafael se no dia 30 de, se nós vos fizermos o desafio de no dia 30 de Maio de virem, de pegarem na bicicleta e fotografarem um lugar que vocês gostem muito. Para partilhar com o mundo esse lugar mágico por onde vocês andam de bicicleta. Qual seria o lugar que
vocês gostariam de partilhar? Conhecendo Portugal e andando pelas estradas de Portugal. Deixou lá o Rafael falar primeiro. Não digas que vocês estão focados quando estão nas provas que não olham para a o paisagem. Eu adoro andar de bicicleta, aliás eu faço
em lazer, exatamente porque fico maravilhada com os sítios e com os cheiros por onde vou passando. Isso é uma das coisas que eu adoro quando ando de bicicleta. Eu sei que obriga a pensar um bocadinho. Eu próprio também não sei ainda que sítio é que irei partilhar mas se vos ocorrer algum que gostassem de partilhar qual seria? Eu acho que em Portugal temos um sítio fantástico, mas certamente eu não vou partilhar esse sítio porque não irei lá estar, que é a zona da Árrabida em Setúbal. Que eu acho que é uma zona fantástica, temos umas vistas fantásticas sobre o Oceano Atlântico e é uma zona que eu admiro bastante. Mas cá no Algarve há uma zona que também certamente
poderei publicar e que é uma zona que eu frequento quase semanalmente que é o Alto do Cerro de São Miguel. Em que podemos visualizar toda a costa da zona do sotavento algarvio que é uma zona bastante fantástica de se poder admirar. Rafael ocorre-te alguma foto que gostasses de tirar e partilhar neste dia deste evento? Eu acho que em Portugal há mesmo muitos sítios muito bonitos. Gosto muito da serra da estrela num bom dia de sol, mas também gosto muito do nosso Algarve. E por acaso há uma zona da Serra de Monchique que eu gosto mesmo muito de passar lá e quando está um dia de céu limpo, é uma estrada que certamente o Marco e o Ricardo conhecem e o Samuel também. É
entre o Alferce e Monchique, na subida mais estreita do lado Sul. Acho que quando está um dia de sol aquela estrada é espetacular, a estrada é 5 estrelas para treinar, tem uma vista brutal para Portimão, para a barragem de Odelouca. E gosto mesmo muito de passar lá e acho que era um sítio interessante para partilhar. Principalmente com pessoas que não são de Portugal e acho que íamos ficar muito bem vistos. Ricardo queres também
dar uma sugestão? Eu gosto muito do campo apesar destes últimos anos se calhar até faço mais ciclismo de estrada do que do que BTT. Mas gosto muito e como comecei a andar de bicicleta aqui na minha zona, gosto muito de pedalar agora ao longo da barragem do Funcho e da barragem do Arado. É uma zona que me dá muito prazer pedalar ali naquela zona mais alta que faz parte da Serra de Silves, com uma vista fantástica sobre aquelas duas barragens, fica sem dúvida um cenário muito bonito. Marco... Eu depois também posso eventualmente partilhar. Eu vou dar dois sítios, um no Algarve e um fora do Algarve não é, para defender também aqui a nossa região. Fora do Algarve destacaria os Açores, sem dúvida
que quem já pedalou nos Açores parece que estamos a pedalar num jardim. E no Algarve é uma zona que eu agora passo pouco porque é uma zona dura e a forma física não é tão boa. Gostava de ir lá mais vezes mas realmente aquilo dói a pedalar, que é a estrada de Alcaria do Cume. Que é sem dúvida uma estrada que para além de não ter trânsito nenhum parece que é feita só para nós. Tem uma vista fantástica e o piso é bom, e para fazer bicicleta é realmente fantástico. Agora tem é o problema, entre aspas, de se dura, e para ir lá temos de sofrer. Mas vale, sem dúvida que vale a pena a paisagem que
vemos lá de cima da Alcaria do Cume. Agora pensem nisto multiplicado pelo mundo inteiro não é, que é, nós estamos a falar de sítios tão específicos. Não é o Algarve em geral, não é a Serra da Estrela ou o centro de Portugal é aquela zona específica perto de nossa casa. Imaginem quantos países nós vamos querer visitar a seguir e quantos trilhos
nós vamos querer fazer a seguir depois ao vermos as fotografias que são partilhadas. Eu fico maravilhada com essa parte. Samuel estamos prestes a chegar ao final vou dar aqui só alguma nota de alguns comentários de pessoas que fizeram, que foram passando aqui pelo Facebook... a minha bela Arrábida portanto foi uma das pessoas que comentou
quando o Samuel falou da Arrábida. Pessoas que comentaram aqui que fizeram todas as provas do Algarve Bike Challenge, portanto também gostara. Pessoas que tiveram a assistir ao vídeo e que estão desejosos que nós fazermos a tradução para que possam ouvir, visto que o vídeo está a ser em português. Também aqui alguém que fez um comentário que já
ouve um projeto profissional há muitos anos de BTT pelo que escreve o Nuno Loureiro mas que não conseguiu ter continuidade. Quem sabe as pessoas ficam motivadas no futuro próximo e poderá vir a acontecer haver projetos profissionais na área do BTT era muito interessante. E ficam aqui alguns dos comentários, aqui também a mencionarem a qualidade que têm aumentado de ano do ABC, também muito interessante.
Portanto eu acho que no fundo a malta está aqui toda de parabéns, não é. Eu espero que vocês tenham umas provas fantásticas. A próxima prova que virá no calendário é... Samuel ou Rafael? Para vocês qual é a próxima prova? 11 de Abril. É? Desculpa, não ouvi. 11 Abril. Olha é o dia do meu aniversário vê-la que coincidência. Mas é a prova do Algarve, não? Não, é a prova de abertura que se eu não me engano é em Aveiro. Em Aveiro ok. Vais lá estar também Rafael? Sim, sim à partida sim. Bem nesse dia eu desejo vos muita muita sorte para vocês abrirem finalmente a época depois desta grande paragem. Agradecer mais uma vez também ao Marco e ao Ricardo e á Bikesul por nos proporcionar
esta oportunidade de estarem em direto com o Samuel e com o Rafael pelos vossos contributos. E se vocês quiserem deixar uma última mensagem estejam à vontade. Eu não sei se alguém quer deixar uma mensagem a quem nos acompanhou durante todo este este live. Falta tu dizeres
qual é o sítio? Olha exatamente, o meu sítio para ser honesta eu não sei precisar. Vou ter que perguntar ao António Cerejo, se é que ele me está ouvir, mas é uma descida ali perto de Pechão que eu adoro fazer aquela descida. Sei lá porque tu sobes ali um bocado mas depois aquilo começa o trilho, basicamente com muita vegetação. Tecnicamente não é muito difícil, mas é uma descida fantástica que eu vou perguntar ao Cerejo como é que aquilo ele se chama, mas é na zona de Pechão. As descidas dão a sensação de liberdade,
não é? Aí eu adoro. Só não gosta é de subir porque será? Aliás eu sou conhecida no grupo, eles fartam-se de rir comigo porque eu assim que vejo uma subida começo logo a queixar-me e depois de vez em quando lá tenho umas mãos milagrosas que me ajudam a subir, que pronto senão vão ter que esperar muito tempo por mim. Mas é uma diversão, para mim é uma diversão fazer bicicleta dessa forma. Aliás o evento do Bike4tourism também à semelhança do Algarve Bike Challenge como o Marco dizia acho que é um evento que pode juntar tanto ciclistas profissionais como a família que decide naquele dia pegar na bicicleta e também contribuir com as fotografias para esta viagem virtual que nós podemos fazer. E acho que os grandes e os profissionais inspiram e acho que é essa parte que nós gostamos imenso. É que nos inspiram a andar e a pegar na bicicleta e depois não sentir
vergonha porque não pega numa bicicleta há cinco anos mas tira a bicicleta do sotão ou da garagem nesse dia. Convém verificar fazer a manutenção, isso é importante, aliás nós estamos agora a preparar um ebook simples com 12 dicas importantes de manutenção e de como preparar uma saída de bicicleta em família. Vai estar disponível brevemente também aqui no nosso grupo do Facebook e no site. E a ideia é essa mesmo, pegar na bicicleta e sair naquele dia nem que seja para fazer 10km. Não interessa a distância
que vai ser feita, interessa sim o espírito de união e o espírito de partilha dos lugares mágicos que nós temos pelo mundo inteiro. E nós aqui curiosamente somos todos do Algarve o que é muito interessante também neste neste live, aconteceu assim mas claro que esperamos ter outras pessoas. Hoje falava com alguns operadores que estão neste momento a divulgar o evento na Finlândia, nos Estados Unidos, na Holanda e brevemente vamos ter também um live destes com alguns ciclistas destes países. Portanto no fundo é abrir fronteiras, abrir os nossos horizontes e poder viajar virtualmente já que neste momento estamos todos confinados e estamos todos, só podemos andar pertinho de casa. Essa é a ideia geral do Bike4tourism. Olha agradeço vos a todos foi um serão fantástico. Agradeço
muito ás pessoas que estiveram connosco a ouvir nos espero que tenham gostado. Deixem o vosso feedback. O evento vai ser no dia 30 de Maio portanto ainda temos aqui muito caminho para fazer, muitas coisas boas que podemos falar durante os próximos lives.
O próximo live vai ser na quinta-feira dia 18, também com umas novidades. Talvez falemos aqui da nacional 2 que está muito na moda também. E e pronto vão ser outras pessoas que pedalam no regime mais amador mas que também adoram descobrir Portugal e que vão estar cá connosco no dia 18. Obrigada Samuel, obrigada Rafael pela vossa participação.
Espero que ela gostar de estar connosco. E Ricardo e Marco pela vossa colaboração aqui em proporcionaria este fantástico live. Diz Marco... Não disse nada mas foi um prazer enorme. Até uma próxima a todos. Obrigada
2021-03-22 18:14